A moda dos vampiros

Uma das coisas que está definitivamente na moda são os vampiros. E eu desconfio que se o filme “Crepúsculo” não tivesse tanto sucesso como teve, provavelmente não existiria o fascínio por este tema e muito menos existiriam séries como aquelas que os canais generalistas exploraram.

Verdade seja dita: eu desde pequena que acho que os vampiros têm o seu toque de interessante, e quem sabe se este não seria um tema que o próprio Nuno Markl poderia explorar na sua “caderneta de cromos” da Rádio Comercial (sim, eu oiço e adoro!), visto que no inicio dos anos 90, que eu me lembre, este era um tema que levava a criançada à loucura.

Em homenagem a esta nova moda, vou partilhar um episódio que se passou com a minha pessoa e que de engraçado nada teve.

Nos meus tempos de criança (não é que agora não o seja, mas na altura era-o sem dúvida nenhuma), enquanto os meus pais trabalhavam, quem cuidava de mim era a minha avó, que por acaso também cuidava de um primo meu, que é 4 anos mais velho que eu e na altura adorava pregar-me partidas.

A casa da minha avó tinha um quintal relativamente grande, e esse quintal tinha espalhado na terra vários caroços de pêssegos, já com aquele aspecto seco, castanho e muito estranho, coisa que nunca me vou esquecer. Acontece que, num belo dia, o meu rico primo teve a infeliz ideia de me dizer que aqueles caroços eram, nada mais, nada menos, que a casa dos vampiros, o sítio onde eles dormiam durante o dia. Devido à tenra idade que eu tinha, acreditei piamente na história, e o pior é que fiquei com tanto medo dos caroços de pêssego que cada vez que avistava um no chão afastava-me deles com uma rapidez nunca vista.

Levei uns quantos anos até ultrapassar este medo e a perceber que o meu priminho me tinha enganado, o que vale é que consegui perceber que os caroços de pêssego são inofensivos.

Sim, eu sei que isto não tem piada nenhuma, mas apeteceu-me partilhar com vocês um os tristes episódios da minha vida.